Não podia deixar de falar no nosso Nobel.
Mais que um Nobel, Saramago foi o incómodo, o polémico, tudo porque escrevia sobre as coisas como ele próprio as via, as compreendia.
Para a igreja católica, sempre foi visto como um inimigo, 1º com o livro " O evangelho segundo Jesus Cristo" e mais recentemente com " Caim "
Um português que se orgulhava de o ser, foi viver para Espanha pelas perseguições que não o deixavam em paz, ligando-o sempre ao ideal comunista, como se os comunistas fossem alguns homícidas.
Para mostrar a religião que pregam como " se te baterem , deves dar a outra face", a igreja deu mais uma prova que só quer eliminar quem não a segue, pois já depois da morte de Saramago, o jornal do Vaticano chama-o de "populista extremista " e de "ideólogo antirreligioso".
Perdemos um grande escritor, mas acima de tudo um homem que ao contrário da maioria, dizia o que pensava, incomodasse seja quem fosse.
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